
EMEF Esperança - Montenegro
13.06.2017
ALUNO COM HIPERATIVIDADE
Nesse dia continuamos a estudar possibilidades práticas para a execução do projeto. Hoje eu tive 30 min, para realizar atividades teatrais com os alunos do 3° ano. Meu objetivo era ver como os alunos de portam em trabalhos coletivos e de concentração. Foi surpreendente, essa turma possui excelentes alunos, como no caso do Yuri, que além de entender o jogo, propõe formas de otimizá-lo e dinamizá-lo, além de um bom uso da retórica. Há um maior número de meninas nessa turma, elas estão mais dispostas e interagem junto dos meninos, dentro obviamente de um limite, dar a mão, jamais. A atividade de contagem até 10 coletivamente, sem que mais de um diga o próximo número é extremamente difícil, inclusive para grupos com maior maturidade, entretanto essa turma alcançou o exito do jogo. Assim como no jogo do Mestre dos movimentos pudemos relacionar com Presidente dos movimentos e logo, criamos sistemas de eleição, de certa forma pudemos através desse jogo simples, se aventurar numa aventura dramática que discutia sistemas políticos, como no caso do colega João que não queria deixar de ser o Presidente, impondo um regime autoritário no jogo. O Jogo consiste na descoberta de um mestre ou presidente eleito por gestos, todo movimento que ele fizer todos devem fazer, enquanto a eleição acontece o descobridor, sai da sala, ele volta e todos estão em movimento igual, numa área circular, o descobridor vai ao meio e analisa, até apontar para quem ele ou ela, pode ser o presidente(a). Conversei sobre as propostas de mesclar teatro e futebol, logo eles se opuseram um pouco com a ideia, pedi para então experimentarem antes de jugal, essa reprovação veio maior parte das meninas. Nessa turma temos alguns alunos que são inquietos e agitados, como no caso do João, que possui muita impulsividade, assim tenta obrigar a todos a fazerem suas vontades. Isso me levou a reflexões e pesquisas, sobre a hiperatividade na infância, nunca fui hiperativo, muito pelo contrário, sempre fui muito calmo, mesmo que ansioso, mina analise sempre parte de mim, para depois buscar no outro. Perguntei para a prof, sobre o João, e com ela obtive a informação que ele, está sempre metido em brigas, e sempre age de forma impulsiva, sendo necessário de acordo com ela a tomar atitudes mais severas, como deixá-lo sem recreio, ou levar bilhete para os pais. Eu não gostaria de em nenhum momento chegar ao ponto de ter de usar desses métodos para controlar a harmonia e produtividade da turma, mas é uma dúvida bem difícil, obviamente tirar um aluno com dificuldades comportamentais da sala seria o mais comodo para a produtividade da turma.
Mas o que aconteceria com ele?
Ele se recuperaria?
Essa dúvidas surgem, e pretendo buscar na Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, para vislumbrar respostas, ou mais dúvidas. Além é claro, de estar aberto para conversar com o João e a partir dele mesmo encontrar meios para coabitarmos e aprendermos juntos.
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06.06.2017
EU LOUCO PRA POR EM PRÁTICA
Já fazem algumas semanas que venho conversando com a nossa supervisora Monalisa, e aos demais colegas, que compartilham a EMEF Esperança, na ideia de começarmos a implementar os nossos projetos em Junho, contudo, ainda nós não estávamos realmente preparados para dar o ponta-pé inicial, haveria de separar as turmas, ou de escolher os alunos que participariam de cada projeto. Isso estabeleceu uma produtiva discussão, pois dentre os pibidianos estávamos em dúvida, se cada projeto escolheria uma turma, ou se misturarmos as únicas duas turmas da escola entre nºs X de alunos. Como pela manhã existem apenas alunos do 3° e do 4° ano, diferenças de idade não prevaleceram como argumento na discussão. Contudo, ficou ao encargo da escola a separação. Definimos que o projeto deva começar no dia 20 de Junho, até lá todos terão esse tempo para o devido preparo dos projetos. Entretanto meu corpo coçava ação física, meu projeto já estava pronto, e eu louco para pôr em prática. Decidimos então que seria bacana fazer uma experimentação com cada turma, ver como cada turma reagiria com atividades teatrais, e tornar a finalização do projeto mais detalhada e afinco com a teoria. Então neste mesmo dia, tive 30 minutos para estar coim a turma do 4° ano, onde experimentei jogos de concentração e trabalho em equipe, nesses jogos pude perceber que teremos grandes desafios ao longo do ano, entretanto a turma é muito saudável, feliz e engraçada. Eu preciso me segurar para não cair na dispersão e zoeira, adoro uma zoeira, e quando o prof (mesmo que ainda não sejamos profs, eles ainda nos veem desse jeito) cai na graça. Ah como eles adoram.
Mas ser professor não é cair no estado de graça?
No geral foi produtivo, pude ver como eles reagem a cada jogo, e quando difícil, não desistem.
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30.05.2017
AGRESSIVIDADE COMO ALGO NATURAL
Hoje, detivemos a manhã para a elaboração dos Resumos para o Siepex (Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Uergs), trabalhamos coletivamente, expondo os pontos de vista sobre como projeto estava sendo arquitetado, recebi auxilio da supervisora Monalisa, que prontamente me levou a grandes ideias. O dia era de frio, mas o sol acalorava a conversa. No intervalo, havia marcado de jogar bola com os pirralhos, como havia chovido no dia anterior, o campinho estava molhado, sabiamente se utilizaram da passarela de tijolos que liga o portão da escola ao saguão como campo de futebol, o mais estreito que já vi na vida. Porém quando chego, me deparo com a situação mais comum, e mais desagradável do meio escolar: BRIGAS – Violência entre dois alunos do 3° ano, ambos com o histórico repleto de casos parecidos. Tentei amenizar, até que um deles desferiu a palavra mortal que fere não só o seus princípios, mas também os da sua mãe, palavra proibida, acompanhada de armas e cavalaria. Tão certo como o corpo de o colega ofendido que se lança em um golpe empurrão mortal para com o outro. Mesmo com minha intervenção, não havia meios de apaziguar os ânimos, e parto para chamar a professora, que apenas me pergunta:
_ E tu não fez Nada?
_ Não sou o professor deles. Respondo.
Ela parte na direção da briga, que agora somente está em xingamentos, ambos completamente sujos de barro, após caírem fora da arena Futebol.
(NOTA)
Minha resposta de maneira nenhuma ampara-se na prepotência, os desfeita. Simplesmente não soube lidar com a situação, porém de certa forma, poderia eu ao invés de chama-la, usar de força bruta e separar os dois. Mas seria o certo?
Nesse dia comecei a refletir sobre a violência, e pesquisei alguns autoras recomendados pelo google sobre a violência infantil e escolar, Melanie Klein e Donald Woods Winnicot. Acabei caindo em um artigo chamado “Agressividade Infantil no Ambiente Escolar: Concepções e atitudes do Professor”. As autoras são: Maria Abigail de Souza - Professora Livre-Docente, Departamento de Psicologia Clínica, Universidade de São Paulo-USP e Rebeca Eugênia Fernandes de Castro - Mestre em Psicologia Clínica.
Me parece muito interessante, apesar de ainda surgirem mais duvidas, nesse artigo, percebo a parâmetro que as autoras fazem sobre o desenvolvimento da agressividade como algo natural, como um impulso vivo que pede para ser transportado do ser interno para a ação física, como se a sua frustação, tomasse forma e ação. Ora, e isso não é teatro? Após os devaneios me acalmo, e foco na ideia do projeto. Futebol/teatro/violência. E assim começa a conceber dramaturgias Boalianas ( idéias minhas de Augusto Boal, sobre teatro fórum) e um futuro trabalho.
23.05.2017
FLORESTA
"Meus Deus por que acordar cedo é tão difícil" ??
O Dia começa às seis da manhã. Combinamos de ir junto com a criançada para Estação Ambiental Braskem, uma área que ocupa 68 hectares de preservação natural da flora e a fauna local, em mais de 3000 espécies. Nela são realizados monitoramentos técnicos desde a década de 80. Lá, são oferecidas atividades de educação ambiental.
A Esperança já vem desde a semana passada estudado o material que a Estação enviou; jogos, livros e cartilhas com material de estudo com práticas de preservação do meio ambiente.
DETALHE : A Cidade de Montenegro não há coleta seletiva.
Continuando:
A Estação é muito linda, e o passeio serviu para fortalecer ainda mais os laços com os pequenos, principalmente o João. Este pequeno PIA de menos de um metro, é o terror do terceiro ano, anda de mão dada com a prof monitora, um pouco opressora essa prática não(INT), mas na verdade ele adora. Este mesmo aluno cujo quando me vê, corre e me abraça decidiu a andar com a minha mão também hoje. E ficamos o passeio todo de mãos dadas, eu e a Prof Monitora. Em alguns momentos pensava que era de mais, entretanto não era minha mente machista e heteronormativa que impunha um pejorativismo naquela situação. Andávamos por trilhas de pedra e ao lado a Mata Atlântica, ou o que restou dela, frutas que para nós eram venenosas e para os tatus bola, um docinho. Trechos com placas que dizia: CUIDADO O
NDE PISA, PODE HAVER COBRAS .
Mas amigos , o que mais chocou foi ver os bichinhos empalhados no pequeno museu. Reflito sobre a importância dos animais e o apossamento que o homem ao longo da história fez com os animais e com sigo próprio e o que talvez façamos com tudo, possuir, apoderar-se, tomar o que não é naturalmente seu. O Pensamento é breve, mas me causa uma pequeno desconforto, que ao toque da mão do João alivia-se.
Hoje não teve futebol, mas jogo é jogo, e tudo é Jogo e eu vislumbro nesses pequenos várias sementes para uma floresta no futuro.
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16.05.2017
DOMÍNIO DA BOLA
É nova terça-feira, uma manhã bela e de nuvens. O Caminhar até a esperança sempre me revigora. O campinho ainda está molhado dos dias de chuva que vieram, embarrado ou não, isso pouco importa para os alunos. Mas a Prof não deixou. Logo fizemos uma goleira nos pilares da marquise, outros fizeram uma pequena arena de futebol no espaço que há no centro do saguão. No entanto são sempre meninos. Como empoderar as meninas, sinto uma atmosfera que diz: “Não fomos feitas para isso”. Enquanto fazemos chutes a gol, elas brincam com uma bola de plástico, interviram alguns momentos, o que começa a me trazer algumas ideias de cenas para o a Partida Espetacular. Ao longo que vou andando pelo pátio, e observo os alunos, percebo as questões a serem trabalhadas, as práticas em comum entre o jogo cênico e jogo de correr atrás da bola e emplacar ela entre duas traves. Quais são os desafios internos, as barreiras físicas, o corpo/mente centrados no objetivo. Para entender melhor, venho participado de partidas de futebol com os colegas da universidade, não que eu abstivera do futebol na minha vida, é somente um longo tempo e espaço entre o Rodrigo que jogava bola no paralelepípedo em frente à sua casa e o Rodrigo que joga no espaço cênico da sala 51 da UERGS. Contudo, novos insights me surgem. Usarei um tempo na escola para estudar o domínio da bola com os pés.
FUTURO PALCO PARA O PROJETO
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09.05.2017
INSISTÊNCIA
E mais um dia chegou, e hoje teve futebol !
Felipe diz que só há regras quando eu venho jogar com eles, Igor diz que não é bem assim, as vezes age de forma prepotente, no entanto é o mais habilidoso com a bola. 1 a 0 para o time do Kawã, é ele que faz o gol. João sempre me abraça, uma carência paterna? Contudo, meus olhares não saem de Mikael, ele sofreu um acidente quando mais novo, não soube da idade, em uma versão da história, ele e seu irmão brincavam com um revolver que acaba disparando e o acertando. Agora ele possui uma deficiência na perna. Canceriano como eu, me seguro para não me emocionar ao ver ele correndo do jeito que dá. Não há como se pôr no lugar, nunca sentiria a dor e insistência que Mikael passa.
Após o intervalo, decido ir até a turma do 4° ano e observar a aula, é a turma de Mikael, observo a todos, porém percebo a sua naturalidade e alegria como todo aluno levado que concorre por atenção na sala de aula, disfarço para não parecer um fotografo sensacionalista. A coisa vai normal, bagunça, conversa, professora chamando atenção. Alunos fazendo o trabalho para o dia das mães, que foi mudado para o dia da família, vai ser ao sábado, eles vão entregar o cartão para a figura que representa a maternidade na sua família, terá comes e bebes, nós pibidianos fomos convidados, mas é impossível vir ao sábado nessa altura do campeonato. Aqui neste momento começo a me afeiçoar aos alunos, e percebo que eles a mim, alguns mais e outros menos. Vislumbro um projeto muito bacana ao longo do ano.
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02.05.2017
35 ALUNOS NA ESCOLA
Hoje resolvi usar a manhã e a inspiração do espaço escolar, assim como a contribuição dos meus colegas de PIBID para a elaboração do resumo do projeto, já é clara a ideia de montar uma partida de futebol encenada, ou melhor um campeonato, com quatro times de três ou quatro aluno(a)s. A manhã foi muito produtiva, pude construir a partir desse ambiente noções de ações e metodologia para a execução do projeto. Ainda temos que organizar a divisão de alunos pois segundo a Supervisora Monalisa temos apenas 35 alunos na manhã, teríamos que dividir entre dois projetos, ou três, caso nosso colega Helbio volte para manhã, atualmente ele observa os alunos na terça de tarde.
Aqui segue uma prévia do que será o Projeto
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TEATRO NO CAMPINHO
O Projeto busca resgatar a pratica esportiva mais comum no Brasil, o futebol, não o futebol televisivo, capitalista e celetista, e sim o futebol que está enraizado no corpo memória de toda a criança de comunidade, o futebol como ponto de cultura e acesso a fraternidade, o jogo, natural e intrínseco no desenvolvimento da humanidade. Porém, não pararemos por aí, nesse futebol será evidenciada as potências artísticas de cada jogador ou jogadora ou “JOGATORES”, termo criado para compor corpos que transitam entre jogador(a) de futebol para atores e atrizes), cenas perpassarão durante o jogo, visíveis e invisíveis, no sentido de criar o seguinte questionamento ao público: Isso é cena, ou é o jogo ? Para instaurar um clima de final de campeonato pretende-se organizar uma torcida percussiva, com instrumentos e coreografias, estes invadirão o campinho no intervalo entre uma partida e outra. Também procuraremos buscar a figura do narrador de futebol. O troféu será um grande bolo para todos, preparado com a ajuda da escola, porque para se continuar a fazer teatro e futebol é preciso também saciar a fome.
METAS ELABORADAS
1. Participar de práticas de futebol.
2. Jogar ou organizar pequenas partidas no intervalo da escola.
3. Realizar uma oficina de teatro para o grupo de JOGATORES.
5. Oficina de Experimentação percussiva e coreográfica para a torcida.
6. Montagem das cenas no campinho.
7. Organização visual da partida.
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25.04.2017
EMPENADO
Nem sempre serão dias de grandes inspirações na Escola. Estava frio e chovia fino, sair da cama exige uma resistência sobre-humana. Um Impulso e levanto. Dividindo o guarda chuva caminho as reflexões de uma manhã, e sou o primeiro a chegar novamente. Fico ali na sala dos Profs, encolhidinho, com o caderno na mão pensando em como organizar um projeto de Futebol encenado. Não consigo pensar em muitas ideias, e penso em quem poderia me ajudar? Meu colega Bruno fala de Brecht, e um estalo surge. No intervalo, nada de bola, chove e somente no saguão coberto a criançada corre, e pula corda. Trilho e pulo. Depois somos convidados a ver os instrumentos que chegaram, estão velhos e mal cuidados, nada de estranho para gestão pública que enfia coisas e não estrutura pessoas, espaços e oportunidade de uso, mas da pra tentar alguma coisa, depois que eu e meus colegas exibimos uma maestria não muito melhor do que a banda do chaves, penso em tentar colocar percussão no Projeto de futebol. Para finalizar fico o resto da manhã tentando afinar um violão empenado, são mais de dez, depois de várias tentativas eu consigo. Na verdade hoje quem estava realmente empenado era eu.
Uma aula de canto - Chaves
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18.04.2017
FUTEBOL
Era cedo da manhã, parto em direção a nova Esperança, um novo caminho de costume, uma nova paisagem, mais arborizada e acolhedora, sem lomba, após 30 minutos caminhando eu chego. Neste percurso a observação já começa. O portão esta encostado quando eu chego, sou o primeiro dos pibidianos a chegar, e dessa vez não fui recebido pela Sabrina. A prof Monalisa me vê e começamos a conversar sobre a proposição do dia. Fui no intuito de conhecer mais os alunos, tive autorização das profs do 3° ano e do 4° ano para entrar na sala de aula e observar.
Porém é no intervalo que a coisa acontece.
Os alunos ganham brinquedos simples para entreterem-se, corda, raquete, bola de vólei e de futebol. De cara sou convocado para o futebol. João, aluno do 3° ano, me convida. Ele de cara me parece o mais desinibido do pátio. Já vinha conversando comigo anteriormente, e me sondava peguntando quem eu era e o que fazia lá na escola. Jogamos por minutos em cima de um chão de barro vermelho, e na primeira que o joão prensa a bola no meu pé, voa ao chão estatelando-se. _ Não vou jogar mais; Digo a ele e aos demais que nessa hora já se juntaram. “ A clássica piazada”. De menina somente a Sabrina. Me torno juiz do jogo e dois times de 3 jogadores se formam. Será goleirinha (pequena goleira de um metro que dispensa um goleiro para o jogo funcionar) entre empurrões, quedas e dribles muito bem executados os pequenos se divertem. Kauã, fingindo sofrer uma falta se atira ao chão e expõe uma expressão de dor. _Esse vai ser bom no teatro; Eu exclamo. A risada corre solta.
E se a peça fosse uma partida de Futebol ?
O jogo acaba 2 a 1 para o time do Yuri.
Na sala de aula nada em especial, copiar, cadeiras em filas, Profs que chamam atenção dos alunos, um quadro com tarefas - Oração ? Termina a manhã e fico com o pensamento de que para uma escola nova, seria utópico sonhar com um nova forma de pensar educação?
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11.04.2017
COMEÇAR
Começar de novo. Um novo começo para criar, aprender, sorrir, brincar. Sabrina, uma menina de aparentemente 11 anos, abre o portão para mim, cheguei na Nova Esperança. Uma escola localizada no bairro Senai de Montenegro, anteriormente no ano de 2016 a escola residia no bairro Esperança, na verdade ainda reside. Pode parecer um pouco confuso a primeira vista, mas é isso mesmo. No início de 2017 a escola se dividiu entre ensino Infantil e ensino Fundamental. A Esperança de ensino fundamental é essa a qual visito, e a de ensino infantil permanecerá no bairro esperança. Ambas vão permanecer com o nome de Esperança.
Ao adentrar na escola logo percebo uma semente de afeto, de intimidade, de aconchego, poderia ser uma impressão dada o ver apenas duas turmas tendo aula na escola pela manhã, estão no pátio central fazendo exercícios físicos, ou poderia ser um súbito de ansiedade após o recesso. Caminho enquanto observo a estrutura acolhedora da escola, agradeço a Sabrina por me receber, avisto Monaliza, a supervisora do PIBID nessa escola, muito animada me leva até a sala onde estão os meus outros colegas de projeto. Ver uma escola toda novinha causa uma vontade de fazer tanto. A Primeira coisa que ouço é que temos uma sala para nosso trabalho, isso é um luxo comparado a experiência que temos com o ensino público. Sento-me em círculo com os demais colegas para conversar, dentre os principais apontamentos, surge a necessidade de fazer a escola aparecer, poucos alunos são da comunidade, já vimos uma semente de projeto aí. Além disso temos acesso ao Plano pedagógico da escola, ainda está um pouco desatualizado quanto ao assunto artes, mas é bem preocupado com a inteligência sensível da criança, o que me deixa feliz em ler.
Para encerrar fechamos nossos encontros para terça-feira as 8:30 da manhã. Terei novamente manhãs belas repletas de Esperança.









